Jornal o Globo apoia legalização de cassinos e jogos de azar no Brasil
O jornal O Globo, um dos principais jornais do Brasil, publicou um editorial no dia 24 de junho em que defende a imediata liberação de cassinos e jogos de azar no país. O jornal argumenta que, após 78 anos de proibição, está claro que a melhor alternativa é legalizar essa indústria.
De acordo com o editorial, o Estado se tornou o único banqueiro autorizado com as loterias, mas deixou de exercer sua função de regulador nesse setor. O jornal ressalta que a legalização dos cassinos e jogos de azar traria benefícios econômicos significativos para o país.
A expectativa do jornal é que a legalização dessas atividades resulte em uma movimentação inicial de R$ 14 bilhões por ano e, no futuro, de R$ 20 bilhões em impostos. Além disso, o editorial destaca que a criação de cassinos e a regulamentação dos jogos de azar poderiam gerar empregos e impulsionar o turismo no Brasil.
O jornal diz que diversos países já adotaram a legalização dos jogos de azar, entre eles os Estados Unidos, e que o Brasil precisa acompanhar essa tendência para aproveitar os benefícios econômicos e sociais dessa indústria.
No entanto, é importante ressaltar que essa é apenas a opinião do jornal O Globo e que a decisão final sobre a legalização dos cassinos e jogos de azar no Brasil depende do poder legislativo e outras autoridades competentes.
A legalização do jogo no Brasil é uma medida que já se faz necessária há muito tempo. Desde que os cassinos e jogos de azar foram proibidos em 1946, a jogatina só se expandiu na clandestinidade, demonstrando que a proibição não foi eficaz em impedir sua prática.
Com o avanço da internet, os brasileiros passaram a apostar em sites no exterior, o que os deixa desprotegidos caso sejam enganados ou sofram algum tipo de fraude. A recente regulamentação das apostas esportivas já trouxe mudanças positivas, mas ainda é preciso avançar mais.
O Projeto de Lei que legaliza cassinos, bingos e o jogo do bicho foi aprovado na Câmara e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mostrando que há um reconhecimento da importância de regulamentar essa atividade. Passados 78 anos desde a proibição, está claro que a melhor alternativa é legalizar o jogo.
É fundamental tomar cuidados para mitigar riscos como lavagem de dinheiro e dependência dos apostadores. No entanto, é possível implementar mecanismos de controle e punição para aqueles que praticarem manipulações criminosas. Existem diversos exemplos no mundo de países que legalizaram cassinos e outras modalidades de apostas e conseguiram melhorar seus indicadores econômicos e sociais, sem aumento da violência ou da evasão fiscal.
O senador Irajá, relator do projeto na CCJ do Senado, ressalta que a legalização do jogo pode trazer benefícios para o país, desde que sejam adotadas medidas adequadas para garantir a segurança e o bem-estar dos apostadores. É importante aprender com as experiências de outros países e buscar soluções que sejam eficientes e responsáveis.
A legalização do jogo no Brasil seguirá o exemplo de vários países que já adotaram essa prática, como Estados Unidos, China, Índia, Alemanha, Japão, França, Itália, Reino Unido e Austrália. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de mil cassinos espalhados por 40 estados, empregando 1,7 milhão de pessoas e movimentando anualmente cerca de US$ 240 bilhões.
Uma análise feita pela revista médica britânica The Lancet revelou que, de uma amostra de 200 países, 164 permitem algum tipo de aposta. Na Europa, 48 dos 50 países convivem com jogos de azar. Nas Américas, apenas 4 dos 37 países, incluindo o Brasil, proíbem o jogo, enquanto os demais preferem regulá-lo e taxá-lo.
Em Nevada, estado dos Estados Unidos onde fica a famosa Las Vegas, o setor de jogos é licenciado, regulado e fiscalizado por duas agências. Qualquer pessoa que detenha mais de 10% do capital das empresas de jogos passa por um escrutínio rigoroso e precisa preencher 65 páginas de formulários. Produtores e distribuidores de equipamentos, como caça-níqueis, também são avaliados. Além disso, a legislação contra lavagem de dinheiro equipara os cassinos a instituições financeiras para fins de fiscalização.
No Reino Unido, a Comissão de Jogos de Azar é responsável por proteger os interesses dos apostadores. Recentemente, essa comissão multou uma operadora em £ 582 mil por não cumprir as medidas de prevenção à lavagem de dinheiro. Em Macau, na China, a Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos exige que o principal responsável pelos cassinos tenha residência permanente no país e possua pelo menos 15% do negócio. Executivos também são submetidos a testes de aptidão. As concessões em Macau têm validade de dez anos, com fiscalização e renovações a cada três anos.
Esses exemplos mostram que a legalização do jogo no Brasil pode trazer benefícios, como a criação de empregos, aumento da arrecadação de impostos e a implantação de medidas de proteção aos jogadores, como a prevenção à lavagem de dinheiro. No entanto, é importante que haja uma regulamentação eficiente e uma fiscalização rigorosa para evitar problemas relacionados ao vício em jogos e a práticas ilegais.
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