Controles publicitários e ações anti-dependência dos jogos: proposta de novas regras
O vício em jogos online é uma realidade que afeta pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil. O vício em jogos online é caracterizado pela compulsão em jogar, a ponto de prejudicar outras áreas da vida, como relacionamentos, estudos, trabalho e saúde física e mental.
No Brasil, o vício em jogos online tem se tornado cada vez mais frequente, especialmente entre os jovens. A facilidade de acesso aos jogos, a interação com outros jogadores e a busca por recompensas e conquistas virtuais podem criar uma dependência psicológica e emocional.
Os jogos online oferecem uma experiência imersiva, com gráficos avançados, enredos envolventes e desafios constantes, o que pode levar a pessoa a permanecer horas a fio jogando, negligenciando suas responsabilidades e compromissos.
É importante ressaltar que nem todo o uso de jogos online é considerado vício. A dependência ocorre quando o indivíduo não consegue controlar o tempo gasto com os jogos, o que pode levar a sérios problemas pessoais e sociais.
No Brasil, existem medidas gerais que foram adotadas ou propostas para lidar com a publicidade e a dependência em jogos:
Restrições à publicidade de jogos para menores
Muitos países estavam considerando proibir ou restringir a publicidade de jogos violentos ou jogos de azar para crianças e adolescentes, bem como estabelecer limites para o tipo de conteúdo promovido.
Etiquetas de advertência
Algumas jurisdições estavam exigindo que os jogos incluíssem etiquetas de advertência sobre o potencial para dependência, conteúdo violento ou de azar.
Limite de tempo de jogo
Alguns governos e empresas de jogos estavam implementando limites de tempo de jogo para jogadores menores de idade para evitar o excesso de tempo gasto jogando.
Avaliações de saúde mental
Em alguns lugares, as empresas de jogos foram incentivadas a fornecer recursos e informações sobre saúde mental e a monitorar os padrões de jogo dos jogadores para identificar comportamentos de risco.
Restrições a compras in-game
Várias regiões estavam considerando ou implementando regulamentações para restringir as compras dentro dos jogos, particularmente quando se tratava de jogos de azar e caixas de loot.
Educação sobre jogos responsáveis
Campanhas de conscientização estavam sendo lançadas para educar jogadores, pais e cuidadores sobre a importância de um uso responsável dos jogos e os riscos associados à dependência.
Pesquisa e monitoramento
Governos, organizações de saúde e a indústria de jogos estavam conduzindo pesquisas para entender melhor os efeitos dos jogos na saúde mental e desenvolver estratégias para mitigar riscos.
Com objetivo de prevenir o problema, a regulamentação proposta pelo governo prevê que “as empresas de apostas deverão promover ações informativas e preventivas de conscientização de apostadores e de prevenção ao transtorno do jogo patológico”.
“Já as regras de comunicação, publicidade e marketing, como horário de veiculação de propagandas e formato de anúncios online, serão elaboradas em parceria com o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar)”, informou o governo.
“O objetivo é garantir que as ações de marketing sejam responsáveis e éticas, contribuindo para um ambiente de apostas seguro e regulamentado”, disse ainda o anúncio oficial.
Para o psiquiatra Hermano Tavares, as medidas deveriam ser mais duras nesse campo.
Ele defendeu que a publicidade deveria ser proibida, como ocorre no caso de cigarros, ou ao menos restrita, como no caso de bebidas alcoólicas.
A ideia atingiria em cheio uma das principais formas de financiamento do futebol.
Além disso, o psiquiatra da USP sugere que uma parte dos ganhos das empresas fosse destinado a financiar a expansão da rede de atendimento às pessoas com transtorno do jogo patológico, que ainda é muito pequena no país.
Os textos estabelecem que as empresas de apostas deverão promover ações informativas e preventivas de conscientização de apostadores e de prevenção ao transtorno do jogo patológico. A iniciativa visa a garantir a saúde mental dos apostadores, evitando que as apostas se transformem em um vício.
Já as regras de comunicação, publicidade e marketing, como horário de veiculação de propagandas e formato de anúncios online, serão elaboradas em parceria com o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar). O objetivo é garantir que as ações de marketing sejam responsáveis e éticas, contribuindo para um ambiente de apostas seguro e regulamentado.
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